Como se encontrar no mundo...

Em busca da felicidade verdadeira...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FELIZ!!!!!!!!

Nesse momento me encontro com minha família, simplesmente no Vale da Felicidade! Estamos passando o final do ano na cidade de Feliz, no estado do Rio Grande do Sul. Daqui, visitando Gramado, Canela, vendo muitos papais noéis e comendo muito churrasco, desejamos todas as energias positivas, de alegria, muito amor verdadeiro, sabedoria, espitualidade e muitas bençãos de viagens, amizades e muito trabalho para o ano de 2011!!!!!
qUE ASSIM SEJA!

Educar, criar e amar...

Quem foi que criou o que é certo e o que é errado: Será que isso existe: Estive pensando nisso nestes últimos dias, pois tenho estado bastante com meus sobrinhos. Fico pensando: como criar nossos filhos, sobrinhos e netos da maneira correta: Como não interferir tanto no desenvolvimento da personalidade deles para não gerar frustrações na vida adulta: Como eu, uma pessoa que erro tanto na vida, posso ser tão hipócrita ao ponto de dizer para uma criança o que ela deve ou não fazer: Algumas coisas podemos explicar com argumentos palpáveis como: não suba na cadeira porque vc pode cair! Não mexa aí porque pode quebrar e isso custa caro! Não saia na rua sozinha porque alguém pode te roubar e te levar embora! Mas, outras coisas não são tão dignas de argumentação. Simplesmente vc não quer que eles façam tal coisa porque vc, na sua experiência de vida, sabe que aquilo não vai acabar bem. Já a terceira parte de nãos, baseia-se na confiança de acreditar que vc está fazendo o melhor por aquela pessoa que vc ama e quer o bem. Simples assim. mas nem tal fácil...Continuemos insistindo. Num futuro promissor, creio que vai valer a pena...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estar na Vila...

Esta semana, eu e o Miguel, meu namorado, estivemos na Vila Yamaguishi, uma vila que fica em Jaguariúna e que produz alimentos orgânicos. O Miguel praticamente cresceu na vila, e, desde que começamos a namorar, este tem sido um espaço para estarmos com amigos e olharmos para dentro de nós mesmos. E, o melhor de tudo, é que não se trata de filosofia vazia, religião, seita ou qualquer outra coisa que possa nos iludir. Trata-se de pessoas simples, com o coração aberto para o jeito diferente de ser de cada indivíduo, convivendo em comunidade e procurando sempre vivenciar e aprofundar o autoconhecimento. Nesse lugar, me sinto feliz, por inteira, sem preenchimentos bestas ou superficiais. Me desligo de celulares, computadores, maquiagens, produtos de  beleza, relógios, bijuterias e acabo me encontrando com a minha essência. No início, quando ia para a vila, não queria mais voltar para a vida real da cidade grande. Mas, agora, consigo vivenciar essa busca interna pela essência em todos os lugares e pessoas com quem estiver. Pelo menos, é o que mais busco atualmente. Nessa semana, tive a oportunidade de perceber que me sinto mais completa e feliz de verdade (aquela felicidade sem excessos e que está ligada ao plano interior...) cuidando das galinhas, colhendo ovos, e ajudando na desconstrução de galpões, do que em são paulo, correndo contra o tempo por sucesso profissional e financeiro. Pude refletir bastante sobre isso nesses dias. O que será verdade e o que é criado pela nossa mente: Por que sempre acreditei num consenso geral de que a vida se baseia apenas em estudar, fazer faculdade, trabalhar, trabalhar e constituir família: Cadê o verdadeiro "eu" dentro disso: Talvez, o propósito deste blog seja este mesmo: compartilhar experiências e questionamentos com outras pessoas. Pois, todos sabemos que não nascemos com um manual de "como viver e ser feliz". Temos que aprender tudo na marra, vivendo, errando, acertando, sofrendo, chorando, sorrindo... E, creio que, como todos passamos por essas experiências devemos trocar mais, para podermos assim tentar ensinar uns aos outros. E, quem sabe assim a vida não fica mais divertida e leve...Acho que funciona como se nossa vida fosse uma obra de arte. Quantos mais pessoas criando juntas e trocando, mais além podemos enxergar, mais criativos e espontâneos nos tornamos. Está aí o maior aprendizado (e talvez sorte..) do homem: o de estar em relação. Aprendemos com o olhar interno (sempre necessário e do qual fugimos constantemente) e com o olhar do outro. Um complementa o outro. Ou, pelo menos deveria...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Palavras...

Escuto, penso, devaneio
Olho pra trás, arrependo
Muitas coisas completas
Outras deixadas pela metade
Tenho medo, mas por quê?
Medo é uma besteira inventada
Por aqueles que não conseguem
Reconhecer.




 O tempo há de fazer
Acredito em algo mais forte que eu
O espaço há de me ajudar
A jogar o que e ruim fora
E... pairar.


Auto-imagem.

Quem sou? Onde estou? Parece que não me reconheço mais. Olho fotos, me olho no espelho e não me reconheço. Como ser eu mesma e mostrar felicidade verdadeira? Sinto que estou pairando no mundo. Vazio. Mas, agora é um vazio bom, porque estou tentando me reconhecer. No meu molho de chaves tenho as chaves de quatro casas, mas nenhuma é minha de fato. Posso estar sendo piegas, mas meu espaço verdadeiro tem sido meu corpo. Junto com ele, muitos pensamentos, reflexões, músicas e sempre um livro diferente na bolsa. Acho que isso deve ser algo bom, né? Procurar estar bem e inteira, não importa o lugar que eu estiver. Sempre quis me fixar, mas agora não vejo a hora de expandir e conhecer cada vez mais o mundo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A difícil trajetória de um mestrado em finalização...

É incrível. Queria tanto fazer um mestrado para poder estudar algo mais a fundo, mas não vejo mais a hora de terminar e esse filho de três anos nascer. Dá uma angústia danada. Vc não se acha capaz, vc tem medo, vc tem vontade de desistir... e aí algo acontece, e surge uma vontade imensa de estudar. Aí, o trabalho rende bastante. Mas aí, voltam os sintomas e vc fica mais um tempo sem escrever. É engraçado, porque, adoro escrever. Mas, para escrever artigos, colunas e poesias, me sinto mais livre para deixar a criatividade correr solta. Trata-se ainda de linguagens mais diretas e coloquiais. Mas, no mestrado, a preocupação com a escrita acadêmica é enorme,e, muitas vezes bloqueia. Por isso, que muita gente que faz mestrado em artes, sofre na escrita e não tanto na prática de ensaios e laboratórios. Mas, creio que tudo serve como experiência. Só penso que, parece que meu tempo se esgotou. Cansei de pesquisar sempre a mesma coisa. Quero ampliar horizontes, estudar algo novo... Dança é o que mais me vêm na cabeça. Mas, para onde ir? Qual curso? Qual faculdade? Quando vc ainda é atriz, professora e mestranda, a necessidade de se atualizar é cada vez maior. Parece que uma hora vc não tem mais o que ensinar...o conteúdo se esgota....acho que isso deve ser uma coisa positiva, né? Desabafos...desabafos...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cala a boca e leia!



Desculpe! Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros ... brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá. Soldados! Não vos entregueis a esses brutais, que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos. Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão. Não sois máquina. Homens é que sois. E com o amor da humanidade em vossas almas. Não odieis. Só odeiam os que não se fazem amar, os que não se fazem amar e os inumanos. Soldados! Não batalheis pela escravidão. Lutai pela liberdade. No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens. Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas; o poder de criar felicidade. Vós o povo tendes o poder de tornar esta vida livre e bela, de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice. É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e a prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos. Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos. Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam. Estamos saindo da treva para a luz. Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah. A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah. Ergue os olhos."

A função e a sobrevivência do teatro!

Pensemos na seguinte situação. Um filho está na sala com seus pais, fazendo planos para o futuro e, eis que então, os pais perguntam: “Filho, o que você está pretendendo seguir como carreira?”. Logo após uma longa sessão de fotos de apresentações de teatro na escola, feitas pelo filho na infância, este responde: “Então, eu decidi que quero ser ator”. Um turbilhão de perguntas e reclamações deve passar na cabeça desses pais. Mas por quê? Como ele vai sobreviver? Será que ele vai ter estabilidade e sucesso? Com o intuito de informar melhor esses pais aflitos e outros tantos jovens que queiram saber os percursos e possibilidades financeiras de um ator profissional, vamos então direto ao assunto. Um ator pode trabalhar nas seguintes áreas mais conhecidas: teatro, TV ou cinema. Cada uma dessas áreas abriga outras ramificações, por isso, citarei as informações mais gerais. A maioria dos atores de teatro costuma fazer parte de um grupo ou exercer trabalhos autônomos, participando de distintas peças. Um grupo de teatro costuma viver de Leis de Incentivo à Cultura, de festivais e da venda de espetáculos. Muitas dessas leis existentes (como Lei Rouanet, Lei de Fomento ao Teatro, Prêmio Miriam Muniz) foram processos de lutas políticas de grupos teatrais desde a década de 60. Longa luta... Hoje, muitas empresas privadas possuem editais de incentivo ao teatro, como Petrobrás, Itaú, Banco do Brasil, Correios, SESI e SESC. Com essas possibilidades, cabe ao grupo escrever um projeto alinhado às regras e tópicos de cada edital. Falando nesses termos parece fácil ser artista, né? Muito pelo contrário. Com tantos grupos espalhados pelo país, os editais e leis existentes tornam-se muito poucos, e grupos já existentes há um bom tempo no mercado conseguem os editais mais facilmente do que grupos com formação recente. Além dessas possibilidades, existem ainda editais de oficinas que podem ser oferecidas pelo grupo ou pelo artista autônomo, e também festivais de teatro espalhados pelos estados do país. Além disso, se um grupo tiver um repertório de espetáculos, estes podem ser vendidos para teatros das capitais e do interior, com apresentações únicas ou curtas temporadas. Passemos então, ao ator que deseja trabalhar na TV. Para isso é necessário uma preparação em algum curso que ministre a linguagem específica deste meio. E isso é válido também para o cinema. Um ator de teatro possui as habilidades básicas para atuar nesses meios, mas, jogar com uma câmera envolve aptidões mais habilitadas. Depois desse processo, é necessário o ator fazer um book fotográfico e entrar em contato com agências de atores especializadas e reconhecidas no mercado. Pronto! O primeiro passo está dado. Cabe agora ao ator, realmente empenhado em trabalhar na TV, participar de testes de elenco e fazer muitos contatos, com o intuito de obter o máximo de experiência diante do vídeo e saber lidar com este meio de comunicação com segurança. No campo da televisão, o ator pode trabalhar como ator de novela, minissérie, como apresentador ou até mesmo fazer trabalhos em comerciais. Creio que a área mais restrita, ou seja, com poucas oportunidades para o número de atores que a buscam, é a do cinema. Por mais que o cinema brasileiro tenha tido uma ascensão nos últimos anos, a área é pequena e seleta. Mas, vale à pena investir tempo na área de curtas-metragens, por se tratarem de períodos curtos de preparação e de gravação, podendo o ator executar outros trabalhos durante o período. Bom, esse foi um resumo básico do que é a vida profissional de um ator e dos obstáculos que este encontra no caminho. Mas, como tudo na vida, vale muito a pena para quem gosta de atuar e não consegue viver fora dos holofotes e aplausos da platéia. Trata-se também de uma profissão onde você aprende e troca muito, pois a necessidade de informação e comunicação é essencial. Boa sorte aos viajantes! Ou, como diz Dionísio, o deus grego do teatro: Evoé!

Presença!

Ser professora é uma questão de dualidade. Trata-se de um dom que nos faz repensar muitas questões e nos força a sempre estar atualizado. Tal dualidade se deve ao fato de que para "ensinar" é preciso ter capacidade e formação técnica, mas também uma sensibilidade para lidar com conflitos. Neste caso, adentramos o espaço da presença. O que é ser uma pessoa extremamente segura e com uma presença expressiva que chama a atenção e comunica? É exatamente este o desafio de um professor de teatro. O de estimular o aluno a se descobrir presente e conectado com tudo o que este vivencia em sala de aula. Para isto, as técnicas teatrais de percepção do próprio corpo, mente (Consciência/Inconsciência), instrumento vocal e percepção do corpo como um todo são fundamentais. Ensinada a técina, resta a cada aluno apreender e absorver a mesma de forma orgânica. E este trabalho é surpreendente, para quem observa, se relaciona e vivencia. No livro, "A arte cavalheiresca do arqueiro zen", Eugen Herrigel reflete à respeito da relação do arco, flecha, alvo e arqueiro. Primeiramente, parecem estes tratarem de elementos separados. Mas, aos poucos, o arqueiro percebe que sua postura, o instrumento utilizado e o objetivo procurado são elementos conectados, interligados em constante fluência e troca. Trata-se também de uma questão do teatro. Como absorver a técnica e ao mesmo tempo estar aberto para novas possibilidades? Onde, apesar de todo conteúdo e experiência, o foco sempre se foca no encontro do "eu" em relação com o outro? E, este segundo baseia-se em infinitas possibilidades?Questões para serem levantas e talvez, quem sabe, nunca respondidas...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais um artigo!

O que é ser um ator nos dias de hoje?


Qual o tempo necessário para tornar-se um ator profissional? Que atitudes tomar para ingressar na carreira? Como é a vida de um ator profissional? Creio que essas e muitas outras perguntas se passam na cabeça de um aluno que decide fazer um curso de teatro pela primeira vez. E ainda mais, se este escolhe ser um ator profissional. Para os que estão passando por este processo já aviso: não é uma carreira fácil. É necessário muito estudo, muita disciplina, muita leitura e muita coragem para ultrapassar limites e preconceitos que nos impeçam trilhar este caminho. Seja qual for a razão de se tornar um ator profissional (talento, desenvolvimento de aptidões artísticas, expressar idéias, ou simplesmente ser reconhecido), é necessário estar preparado para estudar a fundo o ser humano e suas possíveis relações. Para isso, antes de subir ao palco e interpretar, um aluno em formação deve passar por muitas fases como: autoconhecimento; treinamento de corpo e voz; aprendizado de técnicas de interpretação; e muita pesquisa de campo, ou seja, estar sempre atento em buscar diferentes referências no cotidiano, nas pessoas ao redor, em nosso próprio comportamento e também, em filmes, exposições, concertos musicais e peças de teatro e de dança. Além disso, um bom ator de teatro, procura informar-se sobre tudo o que poderia ser retratado em uma peça, como política, sociedade, cultura e variedades. Tudo isso para trabalhar e moldar a criatividade e imaginação, elementos fundamentais a um bom ator. Aqui no Brasil, apesar de os grandes pólos artísticos estarem nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, cada ano crescem os números de cursos técnicos e universitários por todo o país. Ou seja, ao mesmo tempo em que o mercado oferece muitas possibilidades de estudos e conseqüentemente de linguagens disponíveis (como teatro, tv, vídeo, cinema, documentário, etc), há também muita gente qualificada nesta área, por isso é necessário procurar uma escola que te ofereça todo um conteúdo prático e teórico, e que esteja alinhada com novos estudos que surgem a todo instante. É necessário também saber, que, apesar das diversas linguagens que um ator pode trabalhar, o teatro ainda é utilizado como base para estudo dos princípios fundamentais da arte de atuar, e, talvez como toda profissão, quanto mais estudo, prática e repetição, tornam o trabalho do ator um estudo para toda a vida. Mas, e quanto à questão financeira, ou seja, como se vive desta profissão. Muitos são os riscos, mas para quem gosta mesmo, vale a pena. Mas, esse é um assunto vasto para um próximo artigo. Aguardem!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Por que fazer teatro?

Atualmente, trabalhando como professora de teatro e coordenadora de uma escola de Artes, tenho questionado muitos pontos de vista equivocados sobre o aprendizado de teatro. O aluno que chega na sala de aula pensa que aprenderá tudo em uma semana, e que teatro se trata apenas de subir no palco e vomitar um texto. Além disso, a mídia expõe a profissão como uma máquina de fama e dinheiro. O que vejo é bem o contrário, pois para se trabalhar em teatro é necessário muito estudo e disciplina. E o retorno financeiro muitas vezes é demorado e dolorido. Com o intuito de sanar minha necessidade de se fazer um areflexão constante sobre o teatro e suas ramificações, tenho escrito alguns artigos para um jornal da zona leste de são paulo que disponibilizou este espaço para que essas indagações fossem feitas. Abaixo, segue o primeiro artigo escrito por mim a pedido do jornal. Boa diversão!

"Toda vez que um aluno chega para fazer aula de teatro, pergunto as razões de este estar ali. As respostas costumam ser muito parecidas. Timidez, dificuldade de comunicação, conflitos no relacionamento pessoal, postura incorreta. Percebo que muitas pessoas procuram o teatro não tanto para descobrir uma veia artística, mas para fazer dos instrumentos da arte teatral um mecanismo de perceber- se melhor e de relacionar-se com os outros. Esses instrumentos básicos encontram-se propriamente na expressão corporal e vocal, na interpretação, improvisação e jogos teatrais. Mas, do que se trata tudo isso? Estaria o teatro ligado a mecanismos de auto-ajuda? Creio que no que se refere ao autoconhecimento, percepção e transformação, talvez os princípios sejam bem parecidos. Mas, nas aulas de teatro o foco é a redescoberta de possibilidades individuais através da prática. Redescoberta porque não cabe ao teatro injetar em ninguém um aprendizado. Os elementos teatrais estimulam o aluno a utilizar novas possibilidades corporais e vocais, e, através desta experiência e vivência, aproveitar essas descobertas na vida pessoal, social e principalmente profissional. E é interessante perceber como neste território, a lei do certo e do errado não encontra lugar, pois cada aluno descobre em seu próprio corpo e voz possibilidades dentro de seu próprio limite, ou do que lhe seja mais orgânico. Uma maneira mais comunicativa de se “dizer algo através do corpo”, pode ser mais expansiva para uma pessoa, ou mais sutil para outra. O que importa é perceber, aceitar as diferenças e saber aproveitá-las tanto nas aulas de teatro como na vida cotidiana. E, o mais interessante também é a idade para se fazer aulas de teatro. Não importa a idade. Na verdade, quanto maior a necessidade de se conhecer, ultrapassar barreiras, criar coletivamente e vivenciar novas possibilidades, melhor ainda. Para se aprender teatro não é necessário já ter sido alfabetizado, no caso de crianças, pois a partir dos 2 anos a criança já tem um discenirmento básico da fala e do corpo. Para os adolescentes de plantão, trata-se de mais uma atividade que rompe com as barreiras da timidez e da introversão. Já os adultos, com maior dificuldade para encontrar tempo na agenda, sugiro a aula de teatro por esta unir vários aspectos: trabalho de corpo, voz, dinâmicas, criatividade, imaginação e relação interpessoal. Na terceira idade, o teatro torna-se fundamental para colocar em prática todas as experiências e aprendizados vivenciados pelo corpo e pela mente. Trata-se, portanto, o teatro, não apenas de uma expressão artística necessária e fundamental para a construção de uma sociedade, mas também, de uma forma repleta de elementos que auxiliam na aceitação, compreensão e transformação do ser humano. E isto pode acontecer em qualquer idade, lugar ou classe social. Basta apenas querer."

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Teatro de Gaveta

Uma cidade. Muitos artistas perdidos nela. Por que escolhemos estar aqui?
Pra viver? Pra atuar? Pra fazer teatro? Pra ganhar dinheiro?
Será que, ao estarmos perdidos aqui, nesta cidade com um pulso único e intenso, perdemos nossa indentidade? Nosso próprio pulso?
O Teatro de Gaveta nasce dessa vontade. De tirar do baú tudo o que nos representa, o que nos movimenta, o que nos instiga. Encontrar nosso próprio ritmo dentro deste caos é algo bem difícil. Talvez, quase impossível. Mas estamos aqui para tentar.
Então, para início de processo, resolvemos pesquisar e observar personagens pelas ruas da cidade caos.
Procurar nossa fonte no caminhar, olhar, dizer, viver, pulsar dos Outros. Aí, percebemos como não somos tão estranhos assim. E acabamos nos encontrando um pouco mais.. Nossos espaços de ocupação têem sido casa-moradia, rua, metrô, rodoviária, e, finalmente sala de ensaio. Ou treinamento. Ou busca. Ou encontro.
Tudo isso revirado no nosso corpo pulsando. Se dessa experiência sairá uma peça, não sabemos. Mas, o que importa por enquanto, é manter o ritmo criador em constante vivência.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pra mim...

"Qual é o lugar mais bonito desta cidade pra você?Então quero que você me leve lá hoje. Vou fazer pedidos positivos e felizes, vestida de azul e com você ao meu lado. Pois pedidos e votos precisam estar rodeados de amor. Vou escrever pedidos em papéis, aproveitando a força da lua azul, e depois vou queimá-los. Se você quiser participar do ritual sinta-se a vontade. O importante é deixar o peso e a tristeza para trás e pedir muito amor, sorte, trabalho, felicidade, saúde e paz com o coração aberto e cheio de verdade. Vamos?"

Poesia para João das Neves!


Ano passado, tive a felicidade de participar de um projeto sob orientação do diretor João das Neves. Foi tudo muito intenso, maravilhoso, complicado, preocupante, mas, acima de tudo, foi um aprendizado do karalho! Estar com pessoas para trocar, orientadas por um mestre que adora aprender e que parece um erê de tão feliz em criar e aprontar, foi algo que vou guardar para sempre. Nessa época, atristezamepegoudejeito e eu tive o sorriso e a paz do mestre, generoso e humilde, pra me confortar. Aqui vai então minha resposta em gratidão...
(Ana Carolina Monzon)



Poesia para João das Neves

Tu me ensinaste
Que ter humildade
Não é muito difícil
Para quem quer ter um coração bom.

Tu me ensinaste
Que a maior obra-de-arte
É a própria vida
E que aplausos e reconhecimento
Estão no ato de sorrir sempre.

Tu me ensinaste
Que mestre é aquele
Que tem alma de menino
Vontade de sempre aprender
E de trocar o máximo que puder
Aprendizados e experiências.

Tu me ensinaste
Que planejar tudo tin-tin por tin-tin
Não é tão bom assim
O melhor mesmo é aproveitar
E experimentar cada dia.

E, por fim, ou pelo começo,
Tu me ensinaste
Que agradecer as pessoas
Especiais e maravilhosas
Que passam pela nossa vida
Faz um bem danado de bão!





segunda-feira, 3 de maio de 2010

Criando coragem!


Há muito tempo queria criar um blog para postar meus trabalhos escritos. Este ano, numa sucessão de acontecimentos transformadores pra caramba, resolvi tomar coragem e me abrir um pouco mais para o mundo. Uma coisa de cada vez... A idéia é inserir aqui poesias, músicas, reflexões, depoimentos, peças curtas e alguns textos e práticas do mestrado que defendo este ano pela Unicamp, com o título de "Dramaturgia do Ator: vivência, experiência e construção de sentido a partir de diferentes materiais".
Espero que tudo isso gere uma troca intensa...E muito mais teatro pela frente! Aqui, vai então, uma oração ensinada pelo diretor Márcio Tadeu e que costuma trazer energias boas para o início de uma nova empreitada!
"Anjo da guarda, doce companhia
Me protege de manhã, de tarde e de noite
Principalmente este dia!". Assim seja!