Como se encontrar no mundo...

Em busca da felicidade verdadeira...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estar na Vila...

Esta semana, eu e o Miguel, meu namorado, estivemos na Vila Yamaguishi, uma vila que fica em Jaguariúna e que produz alimentos orgânicos. O Miguel praticamente cresceu na vila, e, desde que começamos a namorar, este tem sido um espaço para estarmos com amigos e olharmos para dentro de nós mesmos. E, o melhor de tudo, é que não se trata de filosofia vazia, religião, seita ou qualquer outra coisa que possa nos iludir. Trata-se de pessoas simples, com o coração aberto para o jeito diferente de ser de cada indivíduo, convivendo em comunidade e procurando sempre vivenciar e aprofundar o autoconhecimento. Nesse lugar, me sinto feliz, por inteira, sem preenchimentos bestas ou superficiais. Me desligo de celulares, computadores, maquiagens, produtos de  beleza, relógios, bijuterias e acabo me encontrando com a minha essência. No início, quando ia para a vila, não queria mais voltar para a vida real da cidade grande. Mas, agora, consigo vivenciar essa busca interna pela essência em todos os lugares e pessoas com quem estiver. Pelo menos, é o que mais busco atualmente. Nessa semana, tive a oportunidade de perceber que me sinto mais completa e feliz de verdade (aquela felicidade sem excessos e que está ligada ao plano interior...) cuidando das galinhas, colhendo ovos, e ajudando na desconstrução de galpões, do que em são paulo, correndo contra o tempo por sucesso profissional e financeiro. Pude refletir bastante sobre isso nesses dias. O que será verdade e o que é criado pela nossa mente: Por que sempre acreditei num consenso geral de que a vida se baseia apenas em estudar, fazer faculdade, trabalhar, trabalhar e constituir família: Cadê o verdadeiro "eu" dentro disso: Talvez, o propósito deste blog seja este mesmo: compartilhar experiências e questionamentos com outras pessoas. Pois, todos sabemos que não nascemos com um manual de "como viver e ser feliz". Temos que aprender tudo na marra, vivendo, errando, acertando, sofrendo, chorando, sorrindo... E, creio que, como todos passamos por essas experiências devemos trocar mais, para podermos assim tentar ensinar uns aos outros. E, quem sabe assim a vida não fica mais divertida e leve...Acho que funciona como se nossa vida fosse uma obra de arte. Quantos mais pessoas criando juntas e trocando, mais além podemos enxergar, mais criativos e espontâneos nos tornamos. Está aí o maior aprendizado (e talvez sorte..) do homem: o de estar em relação. Aprendemos com o olhar interno (sempre necessário e do qual fugimos constantemente) e com o olhar do outro. Um complementa o outro. Ou, pelo menos deveria...

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