Como se encontrar no mundo...

Em busca da felicidade verdadeira...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Primeira parte da viagem: a ida.







O tempo foi se passando, a ansiedade aumentando, e, de repente chega a semana da viagem tão esperada. Uma semana antes, hora de correr atrás dos últimos detalhes. Em nenhum momento fiquei muito nervosa. Parecia que essa despedida ia durar pouco, pois logo estaríamos de volta. Mas acabei pegando uma gripe chata, e meu estômago não estava muito normal. Lembrei dos sintomas de pré-estréia dós espetáculos que participei. Que saudade desse friozinho na barriga, de querer conquistar o público e fazer uma apresentação do karalho...Bom, mas voltando a viagem, parecia esta pessoa uma criança. Descobrindo tudo pela primeira vez. Nunca fui levada ao aeroporto internacional. Apenas fui levar e buscar parentes. Estava assim, eu e meu noivo, super bem alinhados e com duas malas enorrrmes. O tempo passou rápido e já nos encontrávamos na plataforma de embarque e nos chamados DutyFree da vida. O avião que íamos viajar era enorme!Dois andares. Eu: extremamente animada; Ele: com um pouco de pânico. Bom, as próximas onze horas transcorreram ótimas!Comida boa, bebida e chocolates a vontade, uma tv com filmes, músicas e séries de tv só para mim. Nenhuma tempestade, nenhum gordo do meu lado, banheiro limpinho...Grande parte da viagem é feita por cima das nuvens, de noite e por cima do oceano atlântico. Então, tivemos que abstrair da paisagem e nos entreter com a tv. Mas, à algumas horas perto de Londres, podíamos seguir o mapa e nos localizar onde estávamos. O avião passava bem em cima de Portugal. Dava para ver as luzes, prédios e ruas de Lisboa, Cidade do Porto, Caminho de Santiago. Muuuuuito legal!Chegando em Londres, creio que passamos por um bairro mais afastado, pois nem pude ver o castelo do príncipe William (snif!eu chorando e o miguel querendo me matar....).A chegada ao aeroporto foi uma benção. Não tivemos que passar pela imigração demoníaca, ficamos na mesma plataforma de embarque. Mas, o duro foi esperar seis horas pelo próximo vôo. Estávamos morrendo de sono, sentados em cadeiras duras, e, qdo a fome bateu, todos os restaurantes eram muuuuuuuiiiiiitoooo caros!Aí, achamos um sanduíche frio numa farmácia por duas libras e compramos...Chegada a hora de embarcar para Zurique, que felicidade!Mas, o avião era pequenininho, não podíamos reclinar a poltrona, sem tv, e nos serviram apenas um copo de refri e uma bolacha!Sorte que passou rápido...A alguns minutos da aterrissagem, podíamos ver a Suíça de cima: parecia um tapete de plantações verdes e rios azuis. Muito lindo!Descemos do avião e fomos direto para a fila da imigração. Ai que nervoso!Apesar de termos todos os comprovantes deireitinho, ainda dá um medo...Mas, o cara foi bem tranquilo e fez apenas três perguntas: Por que vcs estão aqui? Onde vcs vão ficar? (aí mostramos a carta dos nossos amigos e passaportes) e Por quanto tempo? Saímos da fila rindo de alegria. Só isso? Ai, que bom...Pegamos as malas e para nossa felicidade ao chegar em um país em que não entendemos nada escrito nas placas, apenas seguíamos o fluxo, nossos amigos nos esperavam sorridentes e felizes. A Déia até chorou de emoção!!!!Tudo aqui em Zurique é muito lindo, limpinho, arrumadinho e todas as pessoas parecem ser muito felizes e terem um padrão de vida muito alto. Passamos por um lugar com muito jardim e umas casinhas de madeira, e eu perguntei se eram as favelas daqui. A Déia riu e disse que isso não tem aqui. Aquele lugar servia como uma jardim particular para pessoas que moram em apartmentos. Muito bem pensado....Aqui, a confiança nas pessoas é bem grande também. Fomos a um jardim municipal, que fica com o portão aberto o dia todo, e os vasos de plantas para vender ficam pra fora, pois ninguém rouba. E, aqui noa prédio da Déia, a lavadora de roupa é coletiva e fica no subsolo. Todos colocam sabão em pó, amaciante e pinduram suas roupas lá em baixo e ninguém mexe. Eu e o miguel ficamos pensando assim: "Ainda resta esperança para a humanidade, pois todos respeitam o que é de todos. Por que eu vou roubar se aqui não há desigualdade social e todos podem ter o que querem?".Falamos isso para o Kaj e ele disse que isso era uma primeira impressão nossa, pois aqui, na visão dele, as pessoas têm tudo, mas ainda assim são infelizes porque não param para olhar dentro de si. Algo bem confuso para a gente pensar,né?